O Estadão não ignora a
existência de um enorme contingente que só lê as manchetes dos jornais. Uma
minoria, da qual faço parte, tem renda suficiente para assinar o jornal, tempo
para ler atentamente e disposição de escrever cartas como esta. A manchete da
Folha: "Bolsonaro cumpre promessa e facilita a posse de armas" denota
duas ações positivas de Bolsonaro, e foi simpática e justa ao novo Presidente
ao qual a maioria dos brasileiros atribui uma esperança de melhora. Já a do
Estadão: "Decreto das armas exclui sete sugestões de Moro" contem
várias conotações negativas ao mesmo Presidente ao omitir seu nome diminuindo
sua importância na decisão do assunto, ao usar a expressão "excluir
sugestões de Moro" enfraquecendo sua determinação e ao contar os sete
erros (conta de mentiroso) transferindo ao Moro o acerto pela iniciativa de
armar a população contra os criminosos. Sem falar da sublegenda... A Folha
deixou a crítica dos "especialistas" para a sublegenda e dessa forma
centenas de milhares de leitores de manchetes deste dia saíram um pouco mais
esperançosos, graças à Folha. Já eu...
Enviado ao Estadão em 16/01/2019
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