domingo, 6 de janeiro de 2019

EDITORIAIS DO ESTADÃO

Sempre leio primeiro a página A3 do Estadão em busca das visões abrangentes e amadurecidas de quem dirige um grande jornal como este cuja história de 144 anos remonta aos tempos do império e à transição republicana, e que se manteve independente, numa única tradição familiar, até agora. Com esse cabedal de informações captadas ao vivo e relatadas sem viés, a não ser o nacionalista, o jornal pode ter uma visão serena, amadurecida e capaz de não se impressionar com imediatismos, modismos tendo vivido, assistido, analisado e reportado os solavancos dos séculos XIX, XX e XXI. O que espanta é o prisma sob o qual tem elaborado editoriais após a eleição do Presidente Bolsonaro. O deste Domingo (06/01) trata da palavra "ideologia" usada pelo Presidente para referir-se à série de doutrinas criadas pelo marxismo-leninismo-gramscismo e pela mais recente derivação dessas doutrinas pelo viés da igualdade – a ideologia de gênero, um artificialismo ideológico só existente para destruir o livre arbítrio dos jovens e dominá-los com menos custo. O editorial pretende enquadrar os princípios do bolsonarismo tais como tratar os bandidos como bandidos, as crianças como crianças, e a família como constituída de um pai, uma mãe e os seus filhos, da mesma forma, como uma atuação acentuadamente ideológica, visando desqualificar a equipe e o próprio Presidente eleito por 10 milhões de votos acima do candidato das ideologias. Leiam e julguem por si mesmos.

Gilberto Dib

Enviado ao estadão em 06/01/2019

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