E se Lula for solto, e
puder concorrer livremente à presidência? Não como vitória dele, mas
declaradamente para encerrar esse vale-tudo, esse horror sem fim a que ele está
nos submetendo com suas mentiras? Após 518 anos da descoberta, 196 da
independência, 129 de República e 16 anos do poder desse brasileiro de
Garanhuns o Brasil ainda não lembra o que foi, não entendeu o que é, nem o que
quer ser no futuro. Então é chegada a hora do País se definir. Ponha-se no
embate eleitoral tudo que é possível. Discuta-se a realidade. Compare-se com a
história mundial, com exemplos vivos do presente, extraia-se de cada candidato
suas verdadeiras capacidades e intenções, demonstre-se os erros da
Constituição, os motivos reais da corrupção, as vulnerabilidades da economia,
as falácias dos direitos grátis, a extensão da criminalidade e o verdadeiro
caráter do jeitinho brasileiro, e realize-se as eleições plebiscitárias após
essa verdadeira, honesta, patriótica e definitiva catarse política e social,
para que surja o novo Brasil. Se as eleições se derem sem esse embate, no atual
caos brasileiro, nunca sairemos do marasmo, e da anomia que só poderá conduzir
o País ao precipício. Todos falam pelo povo. Deixemos agora o povo decidir e
encerrar esse horror sem fim que estamos vivendo.
Gilberto
Dib
Enviado ao Estadão em 10/07/2018