Começa a corrida para 2018. Diferenças para o que ocorreu em
2002, 2006, 2010 e 2014? Muito poucas. Pesquisas indicam a força do lulopetismo
com ou sem Lula no páreo. Ele já sabe que se transformou numa ideia, e ideias
movem o mundo... Se estiver preso, o eleitor emotivo vai se posicionar a favor
dele. Se hoje o País está em risco com Temer no poder, é melhor pensar duas
vezes no Brasil sem um Presidente reformista. O voto é a arma mais poderosa
disponível para impedir a revanche que o lulopetismo está preparando. Mas
mantidas as regras eleitorais atuais essa arma está apontando para as nossas
cabeças. O que fazer? Passado o dia 07/10 estamos a mercê do anacronismo
constitucional que quer um ano inteiro, 365 dias, para preparar a nova eleição.
Vamos pedir ao TSE que informe o que foi feito na primeira das 52 semanas desse
tempo. Com as tecnologias atuais não bastariam 9 meses? É preciso mudar as
regras eleitorais: voto facultativo, voto distrital com recall, revisar os
direitos a voto de analfabetos, dependentes do Bolsa Família, presos, menores
de 18, urnas com voto impresso, horário único nacional para votar, totalização
transparente, publicação de pesquisas proibida nos últimos 30 dias, máximo 10
partidos políticos, e candidatos a cargo executivo com formação superior. É
muito? Quanto vale um Brasil melhor? Vale um prazo para essas mudanças? Uma
Medida Provisória do Presidente talvez possa garantir mais 3 meses para
melhorar o Brasil. Força Presidente!
Gilberto Dib
Enviado ao Estadão em 13/10/2017