quarta-feira, 30 de novembro de 2016

VIRAR O JOGO

Todos nós sabíamos que os políticos brasileiros são corruptos. Mas agora está demais. Quem não deve não teme. Mas eles não só temem, e portanto devem, como estão apavorados porque com a LavaJato não sobrará um único deles. Na madrugada de 30/11 eles provaram que são indignos do poder doado pelo povo. Não só querem continuar roubando como querem impedir que alguém os acuse! Está na hora de virar esse jogo. O que eles querem é o dinheiro que vem dos nossos impostos. Mas, e se todos parassem de pagar os impostos? Um mês, dois meses, três meses? Desobediência Civil (ver) é nossa arma. Vamos parar de dar dinheiro a eles.


Gilberto Dib

Enviado ao Estadão em 30/11/2016

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

SEGUNDA ONDA

Não bastasse a primeira onda de revolta ante o descalabro petista, até que Dilma, o PT e Lula saíram do poder, os brasileiros estão vivendo agora uma segunda onda de angústia, ansiedade e desespero querendo fazer alguma coisa mas não sabendo o que fazer. Demora da prisão do Lula, tramoias de Renan e da tigrada querendo melar as 10 medidas e anistiar o caixa dois, riqueza do Cabral, falência dos estados, armadilhas dos advogados de Lula para pegar o Moro... Só há um caminho: as ruas. Milhões nas ruas. O que queremos? O poder! O poder que doamos aos políticos e que eles usam contra nós. O poder de decisão de volta ao cidadão: plebiscitos. Prisão para o Lula? Plebiscito. Pena de Morte? Plebiscito. Aborto? Plebiscito. Reforma da previdência? Plebiscito. Liberação das drogas? Plebiscito. Continuar como estamos? Não! Já é decisão.


Gilberto Dib

Enviado ao Estadão em 24/11/2016

Publicado no Portal do Estadão em 28/11/2016:

http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,forum-dos-leitores,10000091014

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

A CORRUPÇÃO E O PODER

No Brasil, mesmo em crise, ninguém analisa o fenômeno que está na base de todos os males: o poder. A palavra é muito usada mas o que ela significa não é discutido. A questão dos ministros Calero e Geddel se resume a isso. Ambos têm poder mas Geddel tem poder de influenciar, e Calero apenas o poder de fazer. Faça, diz Geddel. Não faço e renuncio diz Calero. Mas que poderes são esses? De onde vêm? Um raciocínio simples leva à origem: o voto democrático. O eleitor tem o poder de eleger. E só. Esse poder é doado ao político eleito. Após eleito o político está livre para usar o poder como bem quiser. Não há mecanismo nenhum para controlar o uso que é feito desse poder, doado pelo eleitor. O agravante disso é que o eleitor é obrigado a votar, ou seja, o eleitor brasileiro é obrigado a doar poder para pessoas sobre as quais a partir do voto não tem qualquer poder, porque o doou integralmente. E o político nem sequer entende que tem uma dívida para com seu doador, e deve a ele pelo menos o uso desse poder com ética. Desse poder adquirido gratuitamente o político está a um passo da corrupção. E ela acontece. E, apesar da dívida ética, se acusado o político ainda tem o desplante de exigir provas, quando o correto seria a inversão do ônus da prova. A Reforma Político-Eleitoral em andamento tem de discutir esse e outros conceitos. É uma questão de justiça.

Gilberto Dib

Enviado ao Estadão em 21/11/2016

sábado, 19 de novembro de 2016

OU VAI OU RACHA

A invasão da Câmara e a prisão de Cabral têm tudo a ver. Ou vai, ou racha! Racha mesmo! No vácuo dos grandes movimentos de rua que mudaram o País, e que dizem estranhamente que agora é só na Internet (?), a coisa agora está voltando do atacado para o varejo: 50 gatos pingados querem um país melhor, não têm a quem recorrer, e só por isso vão ser presos por "ameaça" à Democracia... Santa hipocrisia. Se Renan não for contido, e sair a tal Lei do Abuso de Autoridade ameaçando a LavaJato, o País vai rachar. Só não vê quem não quer, ou quem está na lista dos 300 da Odebrecht que pode muito bem ser a mesma dos 300 picaretas do Lula. "Olho vivo, porque cavalo não desce escada" (saudoso Ibrahim Sued).

Gilberto Dib

Enviado ao Esatadão em 18/11/2016

Publicado no jornal impresso, 19/11/2016, Pg. A2

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

LULA X MORO

Lula entra com processo contra Moro alegando abuso de autoridade. Abuso por abuso o dele foi muito maior: abusou da credibilidade que tinha com o povo, mentiu e iludiu o povo que hoje amarga as dívidas, o desemprego, a má saúde e a desesperança. É bom que ele saiba que o povo agora acordou e está mais a favor do Moro do que dele. Triste fim para quem se julgou acima do bem e do mal!


Gilberto Dib

Enviado ao Estadão em 18/11/2016

IMPUNIDADE E INCOMPLETUDE

As prisões de Garotinho e Cabral são boas notícias. Mas ao dar-me conta de que Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa, dois dos primeiros nomes da LavaJato já estão em casa, enquanto Lula, o maior de todos, continua solto, o que me assalta é a sensação da incompletude, do que não foi até o fim antes de começar a voltar, de um "coitus interruptus"... Os três estão aí, livres, podendo trocar experiências e planejar como fazer sem erros da próxima vez... Mesmo com as prisões, o impeachment, e tudo o que o Juiz Sérgio Moro já conseguiu, um dos maiores problemas brasileiros continua incólume, como uma esfinge pronta para nos devorar: a impunidade. Pena máxima de 30 anos com direito a progressão para 1/6, mostra o tamanho máximo da nossa inteligência. E esse limite baliza todo o resto. Pena de morte, prisão perpétua, maioridade penal, são tabus tanto quanto a prisão do Lula. Falta-nos um Trump que tenha coragem de apontar nossos piores problemas e a direção para resolvê-los. Já temos um Moro. Talvez nos falte um muro, ou paredão, quem sabe?


Gilberto Dib

Enviado ao Estadão em 18/11/2016

terça-feira, 15 de novembro de 2016

MENSAGEM A JABOR

Jabor, a América não cometeu um suicídio. Mostrou que está viva! Eu gostava mais de você criticando o Lula. Ele, sim, era e é o nosso problema, não o Trump. Quem elegeu o Trump foram os americanos genuínos, que construíram os EUA e que estão infelizes. Você os critica porque vão abandonar o mundo que hoje depende deles. Depende deles mas você quer que desapareçam preferindo a tirania das minorias, do politicamente correto, e da globalização sem fronteiras... Quer que eles continuem tutelando o mundo. Pois chegou a hora do desmame, do cada um por si e Deus por todos. Gostando ou não, only the strong survive!


Gilberto Dib

Enviado ao Estadão em 15/11/2016

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

PACTO DIABÓLICO

Lula diz que está sendo vítima de um pacto quase diabólico entre a mídia, o MP, a PF e o Juiz Sérgio Moro. Feliz dele, pois o pacto que ele fez com a Odebrecht, o PT e a diretoria da Petrobrás não foi quase diabólico, foi de fato diabólico, conseguindo destruir o País e, aí sim, quase dando a ele o poder hegemônico. Vade retro Satanás. Viva Moro, o exorcista!


Gilberto Dib

Enviado ao Estadão em 11/11/2016

domingo, 6 de novembro de 2016

SÉRGIO MORO

Parabéns ao Estadão e ao Juiz Sérgio Moro, que concedeu sua primeira entrevista a este jornal. Parabenizo adicionalmente ao Juiz pelas respostas, impecáveis na clareza, dando ainda mais certeza da imparcialidade com que exerce sua função. Destaco dois pontos da entrevista: "a presença de milhões de pessoas nas ruas foi um dos fatores decisivos para a LavaJato funcionar" e "o resultado do processo poderá melhorar a qualidade da democracia brasileira". Essa visão do Juiz traz à tona o papel fundamental da cidadania plena, há muito desprezada pela política brasileira. Enquanto Ulysses Guimarães festejava a Constituição Cidadã, os governos e os políticos que se sucederam esqueceram-se de constituir o cidadão, privilegiando os partidos e relegando ao cidadão apenas a obrigação de elegê-los. A qualidade da democracia proposta por Moro exige imediatamente uma reforma político-eleitoral condizente com o papel fundamental da cidadania. "Só é cidadão", disse Ulysses, "quem ganha justo e suficiente salário, lê e escreve, mora, tem hospital e remédio, e lazer quando descansa". Moro afirmou que jamais será um candidato a cargo eletivo. Obrigado Moro!


Gilberto Dib

Enviado ao Estadão em 06/11/2016