domingo, 31 de março de 2019

RANÇO DE 1964

O ranço de 1964 tem impedido o desenvolvimento equilibrado e justo dos valores da Nação brasileira. Só um povo consciente de suas deficiências e que trabalha com seriedade para vencê-las, consegue avançar. É hora de reconhecer o acerto da intervenção militar em 31/03/1964 que manteve intacta a nossa bandeira verde-amarela e não vermelha, e permitir que o espírito pacificador de Caxias inspire as famílias e instituições brasileiras. O episódio da exigência de reciprocidade na isenção de visto a visitantes da Austrália, Canadá, EUA e Japão, mostra a hipocrisia de muitos brasileiros que ainda se ufanam do seu país de faz-de-conta. Basta saber que as posições no ranking do IDH—Índice do Desenvolvimento Humano—dos quatro países isentados são, respectivamente, 3ª, 12ª, 13ª e 19ª enquanto a posição do Brasil é 79ª, entre a Venezuela e o Azerbaijão. Qualquer brasileiro receberia em sua casa um visitante desses quatro países mas nenhum receberia um seu conterrâneo sem "visto". Por que os quatro países o receberiam?

Gilberto Dib

Enviado ao Estadão em 31/03/2019

Publicado no Fórum dos Leitores em 02/04/2019:

https://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,forum-dos-leitores,70002775878



quinta-feira, 28 de março de 2019

PEC DO ORÇAMENTO

A PEC do Orçamento foi uma revanche pessoal do Maia ao Bolsonaro que extravasou para o nível institucional do Presidente da Câmara contra o Presidente da República. O perigo é esse. A pessoa do Bolsonaro foi escolhida por 57 milhões de votos pessoais diretos de eleitores e esses 57 milhões de votos se transferiram para o Bolsonaro Presidente da República. Já a pessoa do Maia teve no máximo 512 votos de deputados que o elegeram para presidir a Câmara, um posto no máximo regimental e burocrático, mas muito influente conforme a estrutura legal e constitucional do estado. Do ponto de vista da representação pessoal a legitimidade do Bolsonaro é 100 mil vezes maior do que a legitimidade do Maia que legalmente parou o País ao se colocar como institucionalmente igual ao Bolsonaro. Esse é o perigo das emoções de poderosos que se colocam acima das razões. Esse é um dos males da democracia representativa, quando os representados delegam cegamente o poder que pode se tornar monocrático e totalitário. Por essas e outras é que há uma onda mundial de questionamento desse modelo de democracia que tem permitido chegar-se a uma Venezuela, de cujo destino o Brasil escapou por pouco!

Gilberto Dib

Enviado ao Estadão em 28/03/2019

Publicado no Fórum dos Leitores em 29/03/2019:

https://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,forum-dos-leitores,70002771938

sábado, 23 de março de 2019

A DESPEITO DE BOLSONARO

 Brilhante o artigo de Luiz Felipe D'Avila (16/03, A2). A despeito de Bolsonaro, o Brasil está despertando de um sono profundo de mais de meio século. Como aconteceu? É que a despeito de Bolsonaro, agora temos um Presidente da República que ama a sua pátria e está revelando os podres do País, sem se preocupar com a "liturgia" do cargo. Sem mentiras, sem ideologias fracassadas mundialmente, sem prejudicar os jovens com lavagem cerebral à moda gramscista, até mesmo resolvendo crimes hediondos cujos perpetrantes moravam no mesmo condomínio. A despeito de Bolsonaro, temos um ministério de excelência escolhido a dedo pelo Presidente da República. A despeito do Bolsonaro temos um Presidente que vai melhorar o Brasil.

Gilberto Dib

Enviado ao Estadão em 16/03/2019

Publicado no Fórum dos Leitores em 19/03/2019:

sexta-feira, 22 de março de 2019

ATORES E PERSONAGENS

Rodrigo Maia parece não ter gostado do tom de Moro, e revidou chamando-o de funcionário de Bolsonaro. O ser humano, em sua complexidade, tem dois comportamentos: o pessoal e o social. No pessoal ele é o ator, e no social é o personagem. Rodrigo Maia tem um comportamento pessoal diferente do Presidente da Câmara. Idem para o Moro, como Ministro da Justiça. A dificuldade surge quando não se sabe com quem se está interagindo. Por isso, seria conveniente adotar sinais visíveis como uma peruca, ou uma toga, quando se está representando um papel oficial. Os militares chamam "à paisana" quando podem ser tratados sem continência. Um distintivo por exemplo ajudaria. No caso acima, parece que o "Moro", cobrou o "Presidente da Câmara", e recebeu uma resposta do "Maia" que ofendeu o "Ministro da Justiça"... Guerras acontecem por isso. Agora, Maia enfezado diz que não vai articular a defesa da Nova Previdência... Baixem as armas, por favor, que o Brasil tem pressa!

Gilberto Dib

Enviado ao Estadão em 22/03/2019

Publicado no Fórum do Estadão em 25/03/2019:

https://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,forum-dos-leitores,70002766683

sexta-feira, 15 de março de 2019

O PODER DO STF

Os ministros do STF não são eleitos pelo povo. São nomeados pelo Presidente da República após aprovação em sabatina pelo Senado. Então, na democracia brasileira, onde todo o poder emana do povo, eles são de quarta categoria. O povo é a primeira categoria. Os ministros do STF são aprovados por eleitos pelo povo no Senado, e depois nomeados por outro eleito pelo povo, o Presidente. O Povo é soberano! Eles não estão acima dos dois poderes eleitos pelo povo. O Legislativo é o mais importante e aparece na Constituição na ordem natural, antes dos outros dois, porque é responsável pela criação das Leis para o País funcionar democraticamente. O Executivo vem a seguir porque é o poder ativo que põe o País em produção, conforme as leis. Já o Judiciário é o terceiro porque é um poder passivo. O Art. 102 da Constituição diz literalmente: "Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe, I - processar e julgar ações de inconstitucionalidade...". Em 1988 foi criada a Constituição atual, após enormes desencontros. O texto não é bom e causa muitas dúvidas. O STF em vez de seguir o texto, acaba interpretando à sua maneira a Constituição que após 30 anos já está desfigurada e mais confusa ainda, com mais de 100 emendas e interpretações dadas pelo STF que não correspondem às intenções iniciais. Sem um guia claro o povo perdeu o poder original que foi sendo absorvido pelo STF, tornando-se um poder de fato, mas não de direito. Eis a história do Brasil recontada. Agora todo o poder emana do STF. É preciso mudar!

Gilberto Dib

Enviado ao Estadão em 15/03/2019

JUSTIÇA?

Pergunte-se a um cidadão comum para quê serve a Justiça. Está difícil responder. Mas a resposta mais simples e correta seria "para saber o que é certo ou errado". E como o cidadão comum fica sabendo o que é certo ou errado, já que a relativização desse fundamental conceito está em tudo que chega a ele? Esse conceito costumava ser intuitivo, agora, em cada manifestação da Justiça aumenta a dúvida. A LavaJato foi uma brisa de bom senso no País. Parecia que finalmente estava se resgatando o que é certo ou errado. Por que então se está retornando a discussões que podem trazer de volta o que é errado? O problema é institucional. A cúpula da Justiça no Brasil é composta por 11 senhores dentre os quais 6 têm, repetidas vezes, mostrado que, infelizmente por vaidade, não entendem mais seu papel para o desenvolvimento do País. A democracia se baseia em dois parâmetros: a legitimidade dos delegados pelo povo para administrarem o País, e a eficiência. No caso da Justiça brasileira, o 6 x 5 de ontem é a prova de que essa instituição não atende a nenhum dos dois parâmetros. A Constituição brasileira envelheceu e necessita ser revisada e corrigida com urgência!

Gilberto Dib

Enviado ao Estadão em 15/03/2019

quarta-feira, 13 de março de 2019

O MANDANTE

Após 1 ano já se sabe quem matou Marielle, faltando o mandante. Basta um passo. A operação policial que destrinchou esse crime teve prioridade máxima, na qual até tatuagem foi descoberta e revelou a identidade do atirador. Após 16 anos ainda não se sabe quem matou Celso Daniel e a fila de testemunhas que se seguiu nesse importantíssimo caso... Imagine-se o mandante! Após 6 meses que se sabe quem matou o candidato Jair Messias Bolsonaro, ainda não se sabe o mandante desse crime odioso. Sim, um crime que matou o candidato e que marcou para o resto da vida o Capitão Bolsonaro—agora Presidente da República do Brasil—eleito por 55% dos votos válidos de cidadãos conscientes. Quem foi o mandante? Exigimos que se use de todos os recursos, sim todos os recursos, para identificar, prender e punir o(s) mandante(s) desse crime de lesa pátria, não se podendo aceitar que o criminoso agiu como um lobo solitário com 4 advogados na sua defesa. Se os cidadãos de bem "desse país" aceitarem essa desculpa deslavada é porque merecem e continuarão a merecer o destino vergonhoso que "esse país" está lhes dando. O Presidente Bolsonaro agora está bem, mas merece o respeito dos 200 milhões de brasileiros por estar dando seu esforço e sua saúde para transformar "esse país", alquebrado por tantos problemas, em uma Nação vencedora. Respeitem-no!

Gilberto Dib

Enviado ao Estadão em 13/03/2019

Publicado no Fórum dos Leitores em 14/03/2019:

https://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,forum-dos-leitores,70002754632

sexta-feira, 8 de março de 2019

O POVO

Marco Aurélio Mello contesta o Presidente e diz que a democracia não depende do querer das FFAA, mas do Povo. Justo ele, que quase causou uma desordem sem limites na noite de 19/12 quando concedeu uma liminar permitindo a soltura de todos os presos em segunda instância pelo indulto de Natal. Ele, que sempre desdenhou da voz do Povo, agora se arvora como seu defensor. Não é só Gilmar que merece o impeachment, ele também mas por outros motivos. A verdade é que há uma crise institucional escancarada "nesse pais" há muito tempo. Após uma centena de emendas, a Constituição envelheceu e como o Ministro Marco Aurélio, precisa ser aposentada e substituída por uma nova, condizente com os novos tempos. Fora Marco Aurélio!

Gilberto Dib

Enviado ao Estadão em 08/03/2019

Publicado no Fórum dos Leitores em 11/03/2019:

https://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,forum-dos-leitores,70002749422

quarta-feira, 6 de março de 2019

CHORORÔ

CHORORÔ
Está na hora de FHC se aposentar. Responsável principal pela subida de Lula ao poder, se mantém na postura de um Brasil tradicionalmente fraco e bonzinho (3/3, A2). Como sociólogo, não entende mais nada quando advoga o caminho da China contra o dos Estados Unidos. Acorde, FHC!
Gilberto Dib gilberto@dib.com.br
06/03/2019

A BESTA HUMANA

Chocante. A besta humana está solta. O post de Bolsonaro apenas divulgou isso. O mensageiro não pode ser mortificado por ser o portador da notícia. Mas o PT, o grande promotor da anomalia comportamental divulgada, critica o presidente pela revelação. Agradeço a ele pela coragem de se expor dessa maneira e pôr o dedo nas feridas. A humanidade está pervertida, ajudada pelo politicamente correto e pelas redes psicossociais que estão acelerando os suicídios e os feminicídios em todo o mundo. O ser humano é um animal que se achava civilizado, mas seus instintos o estão dominando. Quando dentro das igrejas e nos conventos os instintos perderam o controle, é porque o fim está próximo.

Gilberto Dib

Enviado ao Estadão em 06/03/2019

Publicado no Fórum dos Leitores em 07/03/19:

https://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,forum-dos-leitores,70002745726


terça-feira, 5 de março de 2019

ESTRATÉGIA

Um articulista do jornal concorrente escreveu (04/03) que suspeita que Moro tenha nomeado Ilona só para testar a quantas andava a sua autonomia, e baseado nessa hipótese prescreve ao ex-juiz uma série de recomendações. Bobagem. A verdade é única, mas as versões são infinitas. A minha versão é outra: estratégia é a arte dos generais, e o governo tem um bom punhado deles. Aposto que quando se encontram não falam de futebol...

Gilberto Dib

Enviado ao Estadão em 05/03/2019

domingo, 3 de março de 2019

CONSTITUIÇÃO

Parabéns ao Estadão por pautar o mais relevante fator que mantém o Brasil travado e sem desenvolvimento: a Constituição de 1988. O editorial (03/03, A3) trata da excessiva concentração constitucional de assuntos que deveriam ser infraconstitucionais. Uma constituição deve determinar a direção à qual os constituintes e o povo decidirem colocar em marcha o país, mas não o percurso. Mantida firmemente a direção, o percurso pode variar dependendo dos obstáculos que surgirem no caminho. Isso é tão óbvio, que causa revolta àqueles brasileiros que sabem pensar. A constituição americana tem mais de 230 anos e continua sendo a mesma com pouquíssimas alterações, exatamente porque os Founding Fathers sabiam pensar, enquanto os nossos afundadores  em 1988 só queriam se vingar dos militares, não importando qual a melhor direção para colocar o País. Só pensaram nos obstáculos que poriam no caminho para que os militares não voltassem, mas não a direção a seguir. Além de muito extensa, e detalhista, a chamada Constituição Cidadã não desenvolve a cidadania, desenvolve a subcidadania aumentando a dependência do estado pelo indivíduo, e bastaria fazer continhas de mais e menos para concluir que o estado quebraria em menos de 30 anos. Sim, porque é o estado que está quebrado, não o País! Mas não o fizeram. Sem mudar a Constituição, não haverá solução!

Gilberto Dib

Enviado ao Estadão em 03/03/2019

sábado, 2 de março de 2019

SACRILÉGIO

"Vou provar minha inocência" disse Lula ao neto morto. Lula desrespeita mais um cadáver, mentindo. Sacrilégio. Esta foi a prova definitiva de que o Brasil, para melhorar, tem de mudar. Começando com uma revogação geral de todas as leis que favoreçam de qualquer maneira os criminosos condenados. Cada concessão sem um mérito concreto, objetivo, a um criminoso condenado é um incentivo a um criminoso a mais nas ruas ceifando vidas. Não é possível aceitar tanta agressão às famílias das vítimas. O dia há de chegar, em que os que promoveram e os que mantêm esse regime injusto às famílias brasileiras receberão o devido castigo!

Gilberto Dib

Enviado ao Estadão em 02/03/2019