Em
entrevista recente Lula confessou, com todas as letras, que ele e Dilma
MENTIRAM, consciente e deliberadamente ao povo brasileiro para ganhar a
eleição, sabendo que teriam de fazer tudo ao contrário. Que país é este, que
deixa livre e impune um cidadão que confessa descaradamente e em público um
crime flagrante de exploração de incapazes? Sim pois incapazes são os milhões
de menores e analfabetos, ingênuos e desinformados que votam, os dependentes do
Bolsa-Família e os milhões de eleitores traídos que continuavam acreditando na
dupla cara e coroa que acabou transformando o País num cassino onde só eles
ganham. Que país é este, cuja Justiça depende de provas irrefutáveis daquilo
que é óbvio, e cuja bíblia é uma Constituição onde o item mais citado para
livrá-los das pedaladas (Art 86, § 4º) é um exemplo de confusão lógica? Estamos
cansados de ouvir discussões intermináveis sobre a LETRA ambígua da
Constituição e dos regimentos internos para que, finalmente, a impunidade
prevaleça por falta de convicção e pelo viés garantista. Já passou da hora em
que Juízes com "J" maiúsculo de fato julguem pelo que é certo e
errado e nas inúmeras condições onde haja interpretações díspares, decidam pelo
ESPÍRITO da Constituição, cujo preâmbulo de apenas 12 linhas reúne todos os
princípios e elementos que nortearam os constituintes da Nação brasileira. Como
escreveu o Apóstolo Paulo na Carta 2 aos Coríntios, 3:6: "...porque a
letra mata, mas o espírito vivifica.". O Artigo 1º da Constituição
enumera, dentre os fundamentos do Estado de Direito, a DIGNIDADE da Pessoa Humana.
Se a egrégia Corte Suprema não entender que no Espírito da Constituição, Lula e
Dilma feriram a Dignidade de seus concidadãos ao mentir para obter benefícios
para si mesmos, é melhor rezarmos pelo País porque está tudo perdido...
Gilberto Dib
Enviado ao Estadão em 09/11/2015