Quem comete crimes não
teme o castigo. Culpa dos pais? Em parte sim, mas agora é tarde e o criminoso
já não teme o castigo do Estado. O Brasil tem uma das piores criminalidades do
planeta, mas a impunidade no Brasil também é extrema, chegando ao limite de se
tornar incentivo ao crime. Há uma cadeia de fatores que se somam para favorecer
a inclinação do brasileiro aos crimes de toda natureza: 1. Sem dúvida começa na
família e na educação escolar. A expressão "mal-educado" caiu em
desuso, mas está implícita nesses dois fatores, principalmente na família que
não castiga adequadamente os filhos levados. 2. Os fatores adicionais mais
decisivos estão no sistema penal paternalista, que aplica penas tão ridiculamente
leves que a expressão "vale a pena" se comprova como incentivo. 3. Os direitos acessórios aos
presidiários como encontros íntimos, bolsa presidiário, indultos de Natal, etc.
fazem parecer que a pena não seja um castigo. 4. Pior ainda os inúmeros artigos
constitucionais de viés garantista, tão apreciados pelos advogados da OAB e
pelo STF, tais como o artigo 5º incisos II, III, XXXIX, XL, XLVI, XLVII, XLIX,
LVI, LVII, todos favoráveis aos acusados, e nada a favor das vítimas. 5. O
conflito com os policiais na hora da prática criminosa não é visto como um
risco inibidor do crime, já que o viés é desfavorável ao Estado que deve evitar
a morte do criminoso enquanto esse é livre para matar e em geral tem melhores
armas. Com todos esses fatores favoráveis à impunidade que se somam, porque
algum mal-educado evitaria o crime, se ele compensa, e muito? A balança só se
equilibraria se o castigo fosse a pena capital, mas aqui isso seria considerado
um "crime" do Estado. Basta de impunidade!
Gilberto
Dib
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