"Bizarro",
"não ortodoxo", foram adjetivos aplicados ao fatiamento do
impeachment por dois dos mais destacados ministros do Supremo, que agora está
recebendo uma enxurrada de ações contra tudo e contra todos. Bizarro e não
ortodoxo é o nosso País, que lamentavelmente subordina o seu destino a um
cipoal de leis que se contradizem umas às outras. Se no preâmbulo da
Constituição constasse que "acima das leis como escritas está o interesse
do País como um todo", e não de algumas de suas partes, as interpretações
poderiam ser mais objetivas, coerentes e não contraditórias, bastando que se
perguntasse "dentre esta decisão e essa outra, qual beneficiaria mais o
País?" e a resposta surgiria naturalmente até porque os ministros também
seriam selecionados com mais inteligência dentre os mais sábios e experientes e
não por preferências pessoais. Talvez seja chegada a hora de se apelar para o
bom senso e se aprovar uma emenda para incluí-lo na Constituição...
Enviado ao Estadão em 02/09/2016
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