quinta-feira, 30 de outubro de 2014

ANOMALIA ELEITORAL

A forte concentração de votos para Dilma nas regiões mais irrigadas pelo Bolsa-Família, pode não ser mera coincidência. Sendo o BF um programa de partido (PT) e não de Estado, porém pago com recursos do contribuinte, esse fato chama a atenção e merece uma consideração de extrema importância. Qual a participação desses votos nas pesquisas e no resultado final? É legítima uma eleição cujo vínculo monetário é tão forte em favor de um partido e seu candidato? Sugiro uma urgente pesquisa pós-eleição, adotando os mesmos parâmetros de segmentação amostral e quantitativos das prévias, porém com e sem beneficiários do BF. Se os resultados forem próximos poderemos respirar aliviados, mas se houver polarização significativa receio que teremos de invalidar os resultados e considerar essa anomalia num terceiro turno. A democracia é o bem maior, e merece ser preservada...


Gilberto Dib

Enviado ao Estadão em 30/10/2014

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