terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

CONVERSA DE SURDOS

Há gente demais falando e ouvindo, mas não entendendo nada. Nem os que estão falando, nem os que estão ouvindo e repetindo nas redes sem entender. Basta de pão e circo. O culpado é quem mandou matar o Jair Bolsonaro, que nos últimos cinco meses não foi o mesmo. Ninguém fala do Adélio e dos seus óbvios mandantes. O Brasil mudou? Não, continua o mesmo! "Brasil" têm as mesmas letras de "Libras" e o país está, neste inicio de governo, numa conversa de surdos. Pouquíssimos estão propondo as verdadeiras mudanças que podem transformá-lo num país melhor. Nas redes sociais impera a mediocridade. Nos editoriais, artigos e matérias publicados na imprensa só manchetes sensacionalistas e conteúdos não lidos, porque repetitivos e vazios. O que elegeu Bolsonaro foi a farra lulista, a impunidade, e o politicamente correto, sinalizando que os 57 milhões de eleitores alfabetizados e esclarecidos que votaram nele querem uma mudança na cabeça do povo brasileiro sem a qual tudo será inútil. O apelo é esse: vamos mudar de assunto e discutir o futuro, deixando os corretivos do presente—importantíssimos e urgentes, mas que apenas garantem a sobrevivência do País, não seu desenvolvimento—para o governo, e discutir amplamente as regras do jogo que estão erradas e já exaustivamente remendadas sem resultado. Vamos discutir as mudanças constitucionais que permitirão que o Brasil, nos próximos 30 anos, atinja suas plenas potencialidades. Fofocas sobre a corte nunca resolveram os problemas no mundo. Vamos trabalhar pelo Brasil, esquecendo os personagens, e exigindo os resultados.

Gilberto Dib

Enviado a Estadão em 19/02/2019

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