Mais uma vez temos de
aturar as cantilenas sobre os horrores da pena de morte, escritas por
defensores das leis mas não defensores do povo. O Ex-Ministro do STF Eros Grau
(13/10/18, A2) recorre ao Marquês de Beccaria, morto em 1794, e outros
defuntos, para se inspirar na defesa do indefensável. A tese do erro no
julgamento para não adotar a Pena de Morte é um imensa e injusta falácia. Matar
um inocente? Deus livre a sociedade de tal crime...! Não conseguem entender, estranhamente,
os sábios das leis, que a Pena de Morte age para evitar inúmeras mortes de,
essas sim, vítimas inocentes. Mais de 60.000 assassinatos são cometidos
anualmente no Brasil pela impunidade. A primeira execução legal baixaria esse
número em 10%, a segunda mais 20%, a terceira em mais 30%, até chegarmos num
patamar aceitável de criminalidade. O que mais irrita é ver que no Brasil legal
se argumenta mais com as emoções do que a razão. Pobre país. Não é possível que
não entendam. Ou são cegos e surdos para as realidades da vida, ou são covardes
escondidos por baixo de suas próprias togas.
Enviado ao estadão em 13/10/2018
Publicado no Portal Online do Estadão em 16/10/2018:
https://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,forum-dos-leitores,70002548687
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