sexta-feira, 1 de junho de 2018

INTERVENÇÃO MILITAR E BOLSONARO


A anomia que está tomando conta do sentimento dos brasileiros tem suas razões muito fortes. Contra ela se colocam a ordem, a disciplina, os valores tradicionais, a segurança, a paz, o futuro e o progresso. A ordem e o progresso começam e terminam essa lista de anseios populares, e constam da bandeira nacional, reduto último da esperança de todos pela recuperação da pátria. Como numa guerra, após a batalha dos caminhoneiros, todos contam seus mortos e feridos e rezam para que as coisas logo melhorem... A bandeira e o hino nacional voltam a concentrar as emoções mais fortes e onde se encontra a maior união, e o maior respeito em torno destes símbolos, é entre os militares. Bolsonaro é um deles... Esse ex-Capitão do Exército está cada vez mais simbolizando e personificando o que mais de 30% dos brasileiros já têm a coragem de se dizerem apoiar: uma  intervenção "militar" mas sem armas, golpes ou ditadura tornada possível, e democrática, pelo voto. Os próprios militares já se declaram seus apoiadores. Por que não? Os militares são, por formação, empenho e coragem, os mais patriotas e se dispõem a morrer pelo Brasil. Têm na sua formação os elementos de história, geografia física e humana, engenharia, medicina e planejamento que lhes dão o maior conhecimento do território e da infraestrutura, conceitos de legislação, liderança, tecnologia e brasilidade que faltam à imensa maioria de políticos que não se interessa pelo País. É chegada a hora de recorrer a essa formidável reserva de ordem e progresso representada pelos militares. Sem intervenção, e com o pouco que ainda nos resta de democracia. Reviva, Brasil!

Gilberto Dib

Enviado ao Estadão em 01/06/2018

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