Em
defesa de Dilma FHC disse à Deutsche Welle, que "ela é uma pessoa
honrada", creditando só a Lula a responsabilidade pelo escândalo da
Petrobrás, mas enfatizando que Lula é um líder popular e que "não se deve
quebrar esse símbolo que tem muitos méritos e uma história pessoal emocionante
do trabalhador humilde que chegou a presidente". O que FHC parece ainda
não compreender é que Lula não é só o mito, ou o símbolo a que ele se refere,
mas é também, e principalmente, o homem Lula, de carne e osso, cuja imagem,
valores, atitudes, costumes e caráter macunaímico teve e continua tendo uma
influência cultural e comportamental muito maior do que o mito, agravando o
ceticismo da classe média por um Brasil melhor, e incentivando o estado
vegetativo e de dependência natural do brasileiro. É essa dicotomia que FHC tem
de entender para abandonar a postura condescendente ao mito Lula apesar de ter
sido alvo tantas vezes das mentiras do mal-intencionado homem. Lula teve uma
influência nefasta ao País e se isso não for considerado, exposto, e levado até
às últimas consequências, o futuro será pior.
Gilberto Dib
Enviado ao Estadão em 01/08/2015
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