sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

JUIZ DE GARANTIAS

Bolsonaro acertou em não vetar o Juiz de Garantias. Isso nada tem a ver o Poder Executivo. Foi criado pelo Poder Legislativo (Congresso) e tem de funcionar no Poder Judiciário. Claro que numa democracia perfeita o Congresso examinaria o assunto de outra forma, menos partidarizada e mais objetiva visando corrigir um problema do País, mas a democracia brasileira está a anos-luz de ser perfeita. Como Pilatos, Bolsonaro fez o que tinha de fazer e entregou o assunto ao povo (Congresso) e ao carrasco (MPF). Se cada poder agisse com competência no seu âmbito constitucional o Brasil já seria campeão. Aliás, do editorial do Estadão de hoje (27/12, A3), pincei um comentário: "Ora, se estiver mesmo interessado em que seus projetos sejam aprovados, o governo deve organizar uma base parlamentar e negociar no Congresso – isto é, fazer política." Mais uma vez faço críticas ao corpo de editorialistas do jornal. Cada um deveria assinar seu texto para não manchar a imagem desse excelente jornal – que já foi melhor... O de hoje queria que Bolsonaro "negociasse" no Congresso porque "fazer política" é isso. O autor de hoje não entendeu que, agora sim, o País mudou e o Presidente sabe que fazer Política, numa democracia, é exatamente não "negociar" mas engrandecer o Bem Comum que não é "negociável"!

Gilberto Dib

Enviado ao Estadão em 27dez2019

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