A edição de Domingo
04/11/2018, é histórica. A realidade se impõe. FHC e LWV (A2) choram
laconicamente o fracasso dos seus sonhos, e o editorial (A3) coloca, talvez
tardiamente, os pés no chão. Após uma semana de reflexões, os intelectuais
começam a esboçar as explicações, ainda sem mea-culpa, dos
porquês da utopia constitucional de 1988 não ter dado certo e a propor novos
sonhos de união das esquerdas. Não entendem que o radicalismo de esquerda e
viés de impunidade que nortearam a Carta de 88 continham, escancaradamente, as
sementes do fracasso justamente por negar os benefícios que a intervenção dos
militares havia trazido, 24 anos antes, quando, interpretando os mesmos anseios
de liberdade que os brasileiros cultivam agora, decidiram interromper a marcha
da revolução gramscista que se avizinhava então e que se materializou
inconfundivelmente nos últimos anos. Voltam a criticar o neoliberalismo, falar
em clausulas pétreas, centro radical, sociedade igualitária, ameaças às
conquistas democráticas, solidariedade, e defesa contra a barbárie... Acordem
para a vida senhores. A sociedade brasileira se cansou das teorias e decidiu
pelo pragmatismo responsável que constrói as grandes nações. É hora de
trabalhar pelo Brasil!
Enviado ao Estadão em 04/11/2018
Publicado no Fórum Online do Estadão em 06/11/2018:
https://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,forum-dos-leitores,70002588226
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