Por que há corrupção no executivo e no legislativo, e não no
judiciário, sendo esse o poder máximo na República? Onde está o dinheiro que
poderia corromper o judiciário? Ora, quando bilhões de reais podem ser gerados
em grandes contratos de empreiteiras, quem tem o poder pode decidir a favor de
uma delas. Quanto vale esse poder? À medida que a Lava-Jato foi identificando
os corruptos associados à Petrobrás, ela entregou de mãos beijadas às bancas de
advogados criminalistas o mapa da mina. Cada vez que uma pequena ou grande
"vitória" é conquistada para seus corruptos clientes, as bancas
recebem uma parte do ouro desviado. E quem tem o poder pode decidir a favor de
uma delas. Quanto vale esse poder? Não é tentador? Sejamos realistas: o
judiciário não é um convento de freiras. A carne é fraca!
Gilberto Dib
Enviado ao Estadão em 21/12/2017
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