domingo, 1 de novembro de 2015

SITUAÇÃO

Dado o que se sabe hoje dos personagens e da indecência que praticaram contra o País, alguém acredita que poderemos restabelecer a confiança no futuro da Nação percorrendo o estreito caminho da justiça formal das instâncias superiores, subjetiva e interpretativa, cujo único instrumento é a Constituição de 1988, dita cidadã, promulgada no ranço da ditadura e falível porque omissa, anacrônica e remendada? E, com força maior, tendo em vista a lamentável perda de credibilidade dos poderes constituídos cuja isenção dos altos membros não pode ser garantida? Li, com muita esperança, o artigo de FHC no Estadão deste domingo (01/11), que prega a "formação de uma nova conjuntura" e que pede "lideranças, apoio da sociedade e de alguns partidos para sair da paralisia" mas que, como de costume, não propõe o que fazer. Acreditando que continua válido o espírito democrático expresso nas nove primeiras palavras da Constituição - "Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional..." - ouso propor que todos os senadores e deputados federais de todos os partidos com exceção do PT e do PMDB, formem uma Assembleia Situacional que se reúna em São Paulo - maior contribuinte dos impostos nacionais - e levem, com toda a urgência e transparência, ao Congresso Nacional, uma posição suprapartidária, fechada e consolidada de verdadeiros representantes do povo, comprometidos com o futuro do País!


Gilberto Dib

Enviado ao Estadão em 01/11/2015

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