Dado
o que se sabe hoje dos personagens e da indecência que praticaram contra o
País, alguém acredita que poderemos restabelecer a confiança no futuro da Nação
percorrendo o estreito caminho da justiça formal das instâncias superiores,
subjetiva e interpretativa, cujo único instrumento é a Constituição de 1988,
dita cidadã, promulgada no ranço da ditadura e falível porque omissa,
anacrônica e remendada? E, com força maior, tendo em vista a lamentável perda
de credibilidade dos poderes constituídos cuja isenção dos altos membros não
pode ser garantida? Li, com muita esperança, o artigo de FHC no Estadão deste
domingo (01/11), que prega a "formação de uma nova conjuntura" e que
pede "lideranças, apoio da sociedade e de alguns partidos para sair da
paralisia" mas que, como de costume, não propõe o que fazer. Acreditando
que continua válido o espírito democrático expresso nas nove primeiras palavras
da Constituição - "Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em
Assembleia Nacional..." - ouso propor que todos os senadores e deputados
federais de todos os partidos com exceção do PT e do PMDB, formem uma
Assembleia Situacional que se reúna em São Paulo - maior contribuinte dos
impostos nacionais - e levem, com toda a urgência e transparência, ao Congresso
Nacional, uma posição suprapartidária, fechada e consolidada de verdadeiros
representantes do povo, comprometidos com o futuro do País!
Gilberto Dib
Enviado ao Estadão em 01/11/2015
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