O Brasil é grande demais. Além disso é o único país do mundo que
se estende desde acima (ou abaixo) da linha do Equador até abaixo (ou acima) do
trópico correspondente, no nosso caso o de Capricórnio. Os antropologistas
deveriam analisar as consequências disso. Na linha do Equador o clima é mais
estável. Nos trópicos é mais instável demandando mais recursos e trabalho para
a sobrevivência. Após 14 anos de lulopetismo, o Brasil está mais dividido do
que nunca, social e politicamente com nítida divisória eleitoral na latitude de
Brasília, cidade onde curiosamente se materializam os problemas políticos e
administrativos e a divisão atual. Até os critérios de composição do Congresso
reconheceram essa divisão, desde a era getulista, reservando a liderança
política para o Norte e a econômica para o Sul. Dois estados já foram divididos
administrativamente, Mato Grosso e Goiás, exatamente nessa latitude. Faria
sentido dividir o País em duas grandes regiões administrativas com políticas
públicas próprias para acomodar as diferenças existentes e tornar o todo
governável? As soluções para o Brasil demandam um diagnóstico correto,
profundo e realista, sem demagogia populista!
Gilberto Dib
Enviado ao Estadão em 09/05/2017
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