A
vantagem para um país de haverem poucos partidos fortes, de preferência apenas
dois é que o partido não governista não pode se omitir, necessita se manifestar
a favor ou contra tudo que o governo faz. Tantos e tantos erros foram cometidos
pelos governos petistas sem que houvesse um contraponto, não necessariamente
uma oposição, mas uma posição mostrando e marcando os prós, quando bons e os
contras quando maus projetos e decisões fossem apresentados pelo governo. Com a
pífia oposição que viemos tendo ao lulopetismo é difícil saber se o PSDB, por
exemplo, aprovava ou repudiava as decisões do campo energético que tanto
prejudicaram o País, ou do Bolsa Família que além de gerar comunidades inteiras
de dependentes destorceu a última eleição, a mais crítica do País. Espero que
uma oposição de fato, que pode ser exercida sob a liderança de Eduardo Cunha,
tenha esse comportamento decisivo e pedagógico para o País.
Gilberto Dib
Enviado ao Estadão em 20/07/2015