terça-feira, 27 de setembro de 2016

NÃO SABEMOS DE NADA

Estilo da ditadura militar, diz o advogado de Palocci, referindo-se à operação que prendeu seu cliente. "Não sabemos de nada do que está sendo investigado...". Quanta hipocrisia. Se o Juiz já bloqueou R$ 128 milhões é porque tem muito mais, e será que o Sr. não sabia? É disso que se trata. Dinheiro de propina que o Sr. sabe que existe, mas talvez não saiba quanto... E a prisão de surpresa é absolutamente necessária. Ou as provas não são importantes? O capo di tutti capi já não disse que convicção só não basta? Só lamento que a imprensa tenha de ouvir o outro lado, e que os advogados de defesa sejam escalados pelos criminosos para falar em seus nomes. Fazem papel ridículo, negando tudo o que sabem que é verdade... E nem de cumplicidade ou falso testemunho são acusados. Mais uma reforma à vista: a do Código de Processo Penal. Urgente!


Gilberto Dib

Enviado ao Estadão em 27/09/2016

sábado, 24 de setembro de 2016

O BRASIL MUDOU

Dilma entra no alvo do TCU... O Brasil mudou. Como aconteceu? É que precisava piorar, pra depois melhorar... AL e DL, antes e depois de Lula. Antes de Lula a corrupção no País era endêmica. Depois virou epidêmica. O cidadão no Brasil tem alto nível de acomodação. Quando ultrapassado virou incomodação. Manifestações de 2013, as primeiras da cidadania. Estamos às vésperas de uma revolução cultural pela cidadania consciente. Obrigado Lula. Você foi a gota d'água. O Brasil mudou!


Gilberto Dib

Enviado ao Estadão em 24/09/2016

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

ADVOGADOS E ADVOGADOS

Na manhã desta Quinta-feira, 22 de Setembro, a Operação-X da Polícia Federal, segundo comunicado da própria polícia, cumpriu um mandado de prisão temporária do ex-ministro Mantega que estando no Hospital Albert Einstein acompanhando uma cirurgia de sua esposa foi avisado pela PF e esperou na portaria do Hospital a chegada dos policiais e os acompanhou sem qualquer resistência e constrangimento. Em paralelo com isso a Globo informou diversas vezes que conforme os advogados do ex--ministro ele fora retirado do centro cirúrgico pelos próprios policiais durante a cirurgia da esposa que estava acompanhando. Há advogados e advogados. Esses que destorcem os fatos deveriam ser condenados por cumplicidade pelos crimes de seus clientes.


Gilberto Dib

Enviado ao Estadão em 22/09/2016

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

CONVICÇÃO E PROVAS

Thomas Edison tinha convicção, e provou com a lâmpada. Albert Einstein tinha convicção, e provou com a relatividade. James Watson e Francis Crick tinham convicção e provaram com o DNA. É melhor convicção sem provas que aparecem com o tempo, do que provas sem convicção que ficam nas gavetas. Deltan Dallagnol tem convicção e provas, que Lula verá em tempo na prisão!


Gilberto Dib

Enviado ao Estadão em 16/09/2016

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

INTOCÁVEIS

Exatamente como Eliot Ness, na época de Lei Seca, cercou Al Capone e venceu a máfia de Chicago sendo mais rápido e atirando primeiro, Deltan Dallagnol, na época da LavaJato, está cercando Lula e vai vencer a máfia de Brasília sendo mais rápido e acusando primeiro. Prisão à vista!


Gilberto Dib

Enviado ao Estadão em 15/09/2016

domingo, 11 de setembro de 2016

HORA DE MUDAR

Parabéns ao Estadão pela série de reportagens sobre a Reconstrução do Brasil iniciada hoje. Sai na frente e na liderança para o que tem de ser feito: discutir o Brasil. Não somente este ou aquele artigo das leis, mas o conjunto delas, começando com a Constituição. A partir de hoje milhares de famílias, leitoras do jornal, poderão iniciar juntas essa discussão através do chamado à ação proposto. Em linguagem acessível, o jornal, em concordância com sua história de mais de um século de brasilidade, mantém a contribuição para o desenvolvimento democrático do País. Reconstrução é a ordem. Com esse trabalho o jornal ajudará a pautar as reformas necessárias, e os cidadãos conscientes, principalmente os articulados com os movimentos de rua que determinaram o caminho para o impeachment, poderão mais facilmente focar suas pressões melhor informados e coordenados. É hora de mudar!

Gilberto Dib

Enviado ao Estadão em 11/09/2016

sábado, 10 de setembro de 2016

AS LEIS E A LÓGICA

Continua a discussão bizantina sobre o fatiamento, agora com a defesa da esdrúxula ocorrência pela Advocacia do Senado. Ora, o sistema legal de um país que não se sustente pela Lógica está ele em si condenado. Entendo que o que estava em votação era o julgamento pelos senadores, enquanto juízes, se "a Presidente cometeu crime de responsabilidade" o que foi confirmado por 61 votos "Sim", mas aí veio o crime do Senado e do Presidente do Julgamento ao descrever a condenação consequente por extenso permitindo o destaque, quando o lógico seria descrever a condenação como "devendo ser condenada conforme determina o Parágrafo Único do Artigo 52 da Constituição da República"... Desta maneira lógica, constitucional e correta, não poderia haver qualquer discussão sobre fatiamento. Os cidadãos deste país exigem ser tratados com mais respeito à sua inteligência.


Gilberto Dib

Enviado ao Estadão em 10/09/2016

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

POVO SOBERANO

Dizem os doutos que o fatiamento vai ficar como está, porque naquela (infame) hora o Senado era soberano... Ah, é? Então não foi só o Art. 52 e a Constituição que foram estuprados, mas foi o povo que foi estuprado, já que no preâmbulo da Constituição lê-se: "Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático...". Qual é o povo que o Senado representa? O povo Constituinte, ou um povo alienígena? Quem é o soberano afinal? Ainda é o Lula do Mensalão???


Gilberto Dib

Enviado ao Estadão em 07/09/2016

domingo, 4 de setembro de 2016

A FALÁCIA DO FATIAMENTO

Pela ordem Sr. Presidente: o fatiamento é válido mas o resultado é o oposto do proclamado. Por maioria de 42 a 36 o plenário aprovou a inabilitação da Sra. Dilma Vana Rousseff que no momento da votação do destaque já era ex-presidente, a menos que haja no regimento a determinação de dois terços para DVS referente a uma cidadã comum. No caso Collor o STF aprovou por maioria de 7 a 4 sendo que 7 é inferior a dois terços de 11... Que se faça a Justiça!


Gilberto Dib

Enviado ao Estadão em 04/09/2016

sábado, 3 de setembro de 2016

CONSTITUIÇÃO REMENDÃO

Somente nesse impeachment da Dilma, pelas minhas contas, a Constituição já foi violada quatro vezes. Duas no Art. 86 (caput e parágrafo 4º) e duas no Art. 52 (caput e parágrafo único). Todas com envolvimento do STF, que teoricamente é o seu guardião... Virou remendão. Alguns dos ministros já não a leem, citam-na de memória, e citam-na errado! Pobre Ulysses, cujo corpo nem foi encontrado... Solução? Revisão! Não interpretação, e ainda pior, interpretação com auxílio de um dicionário como já ocorreu. E o pior vem agora, com as consequências do fatiamento! O Brasil tem jeito sim, mas tem de ser redescoberto e corrigido pelo começo. Intervenção militar não, mas junta médica para salvar o paciente, sim!


Gilberto Dib

Enviado ao Estadão em 03/09/2016

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

BOM SENSO

"Bizarro", "não ortodoxo", foram adjetivos aplicados ao fatiamento do impeachment por dois dos mais destacados ministros do Supremo, que agora está recebendo uma enxurrada de ações contra tudo e contra todos. Bizarro e não ortodoxo é o nosso País, que lamentavelmente subordina o seu destino a um cipoal de leis que se contradizem umas às outras. Se no preâmbulo da Constituição constasse que "acima das leis como escritas está o interesse do País como um todo", e não de algumas de suas partes, as interpretações poderiam ser mais objetivas, coerentes e não contraditórias, bastando que se perguntasse "dentre esta decisão e essa outra, qual beneficiaria mais o País?" e a resposta surgiria naturalmente até porque os ministros também seriam selecionados com mais inteligência dentre os mais sábios e experientes e não por preferências pessoais. Talvez seja chegada a hora de se apelar para o bom senso e se aprovar uma emenda  para incluí-lo na Constituição...

Gilberto Dib

Enviado ao Estadão em 02/09/2016